Nasceu uma menina, derradeira na dúzia de filhos do velho e cansado homem; este não mais se interessava pelo novo mundo, sentava-se no alpendre da casa, o olhar perdia-se no horizonte, nem notava quando, sozinha e largada, a menina crescida ajeitava-se ao seu lado e silenciava o olhar na mesma direção, quem sabe o encontraria no infinito. Morreu o pai, sem nunca desviar o olhar da própria tristeza.
Cláudia Carneiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário