Quando do amor se perde a medida?
Viver à espera do amanhã lá fora,
viver instante, já que importa o agora.
Seguiremos, sem medo dessa lida?
O tempo tece o sonho dos amantes
que a sua própria mão desfaz, desata.
Pois enquanto uma planta, a outra mata,
tornando mágoa o que era paixão, antes.
Se deixamos que o tempo aconteça,
que venha a chuva, mude a estação,
mas cuide que o amor não adoeça.
Pois no vácuo entre o tudo e o nada,
no hiato da descrença e da razão,
há liga entre a partida e a chegada.
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